IPVA
Golpe do IPVA: saiba como identificar e evitar fraudes!
Salve, Motorista! Você sabia que existem pessoas aplicando golpes relacionados ao pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA)? […]
Olá, Condutor! Você já ouviu falar sobre a Gurgel Motores, a montadora de veículos 100% nacional? Se ainda não conhece e quer saber os detalhes sobre os carros Gurgel, acompanhe este artigo até o fim para ler a história completa da fabricante.
Os carros Gurgel foram produzidos pela Gurgel Motores, uma empresa brasileira fundada em 1969 por João Gurgel do Amaral em Rio Claro, interior de São Paulo. No entanto, o primeiro veículo foi apresentando em 1966 no Salão do Automóvel, antes mesmo da concretização da montadora.
Uma das características mais marcantes da marca era a produção de carros com a carroceria feita de fibra de vibro e o design “quadradão” dos veículos. Além disso, a fabricante era contra a produção de automóveis movidos a álcool. Por isso, a maioria das máquinas era movida a gasolina.
Por ser considerado um homem à frente de seu tempo, João Gurgel também produziu veículos movidos a eletricidade. Em 27 anos de existência, a empresa fabricou variados modelos de carros, além de protótipos. Até hoje, os automóveis seguem conquistando o coração dos brasileiros.
O engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel foi o fundador da Gurgel Motores, fabricante de automóveis que, ao invés de ser chamada de multinacional, o empresário dizia que a empresa era “muitonacional”.
Desde a juventude, João Gurgel sonhava em produzir um veículo totalmente brasileiro. Assim, em seu trabalho de conclusão de curso na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, ele apresentou o projeto de um carro batizado de “Tião”.
Porém, Gurgel quase foi reprovado, pois o professor havia pedido o projeto de um guindaste. Nesse momento, o jovem ouviu a seguinte frase do orientador: “Carro não se fabrica, se compra”. Apesar disso, João nunca desistiu de seu sonho.
Assim, depois de terminar a graduação, Gurgel se mudou para os Estados Unidos e trabalhou na Buick Motor Corporation e na General Motors. Ao voltar para o Brasil, em 1958, ele abriu a Moplast Moldagem de Plásticos e começou a fornecer luminosos para variadas empresas nacionais.
Já em 1964, Gurgel fechou as portas da Moplast e iniciou a Macan Indústria e Comércio, revendedora da Volkswagen que fabricava karts, mini-carros infantis e transportadores industriais chamados de Mocar. Tempos depois, em 1969, João fundou a Gurgel Motores.
Cerca de oito anos após ser diagnosticado com mal de Alzheimer, João Gurgel não resistiu à doença e morreu em 30 de janeiro de 2009, aos 83 anos na cidade de São Paulo, sem o devido reconhecimento nacional por seu trabalho que, por décadas, marcou a indústria automobilística brasileira.
Geralmente, o casco dos carros da Gurgel Motores eram fabricados a partir de fibra de vidro e plástico, os dois principais materiais utilizados pela fabricante. Já para as outras partes dos veículos, eram usadas peças da Volkswagen, como suspensão e motor.
Além disso, alguns veículos tinham o chassi feito de aço tubular e plástico, como o Xavante, um dos modelos considerados mais robustos da marca. Mais tarde, a mistura dos dois componentes foi batizada de “Plasteel” e patenteada.
Ao longo do tempo, os modelos mais “robustos” da Gurgel conquistaram o mercado e foram comprados principalmente pelo exército brasileiro, apresentando até versões especiais feitas para as Forças Armadas, como aconteceu com o Gurgel XT-72, X-10 e X-12.
Os carros da Gurgel Motores se sobressaíam por terem um design que não se parecia com os veículos estrangeiros. Desse modo, os automóveis produzidos em território nacional se destacavam pelas linhas quadradas marcantes.
Conforme mencionado, os carros da marca tinham carroceria de fibra de vidro e plástico. Para entender mais sobre a aparência dos automóveis, separamos algumas fotos dos veículos fabricados pela montadora brasileira. Confira:
Durante 27 anos de existência, a Gurgel Motores fabricou mais de 20 modelos de carros, além de protótipos que nunca foram vendidos no mercado nacional. Entretanto, existem veículos que mais se destacaram pelo sucesso nas vendas, são eles:
O Xavante (XT), misto de bugue com jipe, foi um dos principais carros da Gurgel Motores, o qual foi vendido até para o Exército Brasileiro, com versão exclusiva para as Forças Armadas. Fabricado em 1973, foi o modelo que ficou quase 20 anos no mercado. O automóvel “robusto” também se destacava pelo desempenho off-road.
O BR800 foi a concretização do sonho de João Gurgel, que era fabricar um carro completamente nacional, pois os demais veículos da montadora continham algumas peças da Volkswagen. Assim, a empresa produziu o motor brasileiro de dois cilindros, que não tinha correia, o qual foi batizado de Enertron.
A partir do BR800, a montadora deixou de usar motor da Volkswagen e o dinheiro utilizado para a fabricação do veículo foi totalmente brasileiro. O nome foi escolhido por “BR” se tratar de Brasil, e 800 porque o automóvel continha um motor de 800 cilindradas.
O carro Ipanema foi o primeiro veículo fabricado pela Gurgel Motores. O automóvel se tratava de um bugue-utilitário que utilizava o motor Volkswagen. Por isso, a máquina começou a ser usada em fazendas em substituição ao Jeep.
O veículo contava com um motor de quatro cilindros opostos e era refrigerado a ar de 1.200 cm³ e 36cv. O automóvel foi apresentado no V Salão do Automóvel de São Paulo, sendo uma das quatro versões que a Macan (empresa antecessora à Gurgel) fabricava.
O Bugato foi um carro da Gurgel Motores que tinha um design “mais jovem” em comparação aos demais veículos da marca. No entanto, foram produzidas apenas 20 unidades do modelo que apareceu até no cinema brasileiro, durante o filme “Roberto Carlos a 300 Km/h”.
Além disso, a montadora oferecia um kit para que os compradores pudessem montar o carro da forma que quisessem. Contudo, a fabricante também oferecia a opção de entregar o automóvel já montado.
Produzido entre os anos 1988 e 1991, o carro batizado de Tocantins, sucessor do X-12, foi um dos modelos de maior sucesso da Gurgel Motores. Desse modo, a “versão atualizada” trouxe a mesma base mecânica e alterações no design (com destaque para o lado mais urbano), buscando atrair novos consumidores.
O utilitário Carajás foi o maior carro produzido pela Gurgel Motores, pois apresentava um grande porta-malas que o diferenciava dos demais jipes nacionais.
Além disso, a fabricante apostou em conforto. O modelo possuía um design “quadradão” inconfundível, com estepe semi-embutido sobre o capô dianteiro.
Não à toa que o modelo ganhou miniaturas colecionáveis e que fazem sucesso até hoje.
O Motomachine foi um minicarro fabricado pela Gurgel Motores em 1991, com espaço para apenas duas pessoas, o veículo chamava atenção devido ao seu design excepcionalmente quadrado com portas de acrílico totalmente transparentes.
Outra característica marcante do veículo está ligada ao estepe, que ficava na parte traseira do lado de fora do automóvel. Além disso, o motomachine se destacava pelo painel com regulagem de altura e por apresentar teto removível.
Produzido entre 1992 e 1995, o carro chamado de Supermini foi a evolução do BR800, sendo um veículo urbano compacto e econômico. Em comparação ao seu antecessor, o modelo ganhou “curvas” que resultaram na melhoria da aparência.
Assim como o BR800, o motor do Supermini também foi o Gurgel Enertron. No entanto, a potência do novo modelo foi aumentada para 36 cv. Contudo, ao contrário de seu antecessor, o automóvel não é 100% brasileiro por possuir câmbio de marca argentina.
Está gostando do conteúdo e quer ler mais sobre outros veículos? Nós temos alguns outros artigos que podem te ajudar. Confira:
O empresário João Gurgel era bastante conhecido por sua vontade de inovar. Com isso, além de automóveis movidos a combustível fóssil, a empresa também começou a investir na produção de veículos elétricos.
O primeiro carro elétrico da Gurgel foi batizado de Itaipu E150, uma homenagem à usina hidrelétrica no Paraná. O modelo de 467 kg teve 27 protótipos produzidos e foi o primeiro veículo movido a eletricidade da América Latina.
No entanto, a velocidade máxima dos primeiros modelos chegava a 30 km/h, enquanto os últimos atingiam 60 km/h. Desse modo, o veículo teve problemas com o peso das baterias, baixa autonomia e longo tempo de recarga (cerca de dez horas).
Contudo, Gurgel não desistiu mais uma vez e, em 1980, criou o Itaipu E400, um furgão elétrico de 11cv que atingia até 80 km/h. Nesse caso, o tempo de recarga das baterias de chumbo-ácido também era de dez horas.
A fabricação do modelo perdurou até 1982, teve cerca de mil unidades produzidas e foi comprado por empresas brasileiras de eletricidade, incluindo a Telebrás e Telesp. Com a falta de apoio do governo federal, a empresa deixou de produzir os “eletrificados”.
Nacionalista, João Gurgel queria fabricar o carro popular mais barato do mercado brasileiro. Dessa forma, apresentou o Carro Econômico Nacional (Cena) em 7 de setembro de 1987. Segundo o empresário, “dia da independência tecnológica brasileira”.
No entanto, ao lançar Cena, a fabricante teve problemas com a família de Ayrton Senna por causa da sonoridade do nome do veículo ser igual ao sobrenome do piloto. Assim, o carro teve o nome alterado e passou a se chamar BR800.
A princípio, o veículo só era vendido àqueles que comprassem ações na Gurgel Motores. Na época, a ação valia US$ 1.500,00, enquanto o carro custava US$ 7.000,00. Atualmente, ser um acionista da Gurgel Motores e adquirir um BR800 zero-quilômetro custaria cerca de R$ 40.290,00.
Além disso, a montadora investiu pesado em publicidade e até imagens de Henry Ford foram usadas durante os comerciais para atrair investidores por meio da seguinte frase : “Se Henry Ford o convidasse para ser seu sócio, você não aceitaria?”.
Apesar de ter fechado as portas em 1994, até hoje é possível encontrar alguns dos carros fabricados pela “muitonacional” à venda em sites como Olx, Webmotors e Mercado Livre. Portanto, você ainda pode comprar um veículo 100% nacional, mas vale lembrar que os modelos mais “novos” da marca já têm mais de 20 anos de fabricação.
Desse modo, é de extrema importância consultar se os débitos do carro estão em ordem antes de fazer a compra. Essa verificação pode ser feita pela internet, para isso, basta acessar o site do DOK Despachante e seguir o tutorial abaixo:
O declínio da Gurgel Motores começou nos anos 90, após o governo do presidente Fernando Collor conceder isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para todos os carros que tivessem motor abaixo de 999 cm³.
Em seguida, uma enxurrada de multinacionais com veículos mais baratos veio para o Brasil. Com isso, o Fiat Uno se tornou o carro popular mais vendido no país, deixando para traz os modelos da Gurgel, pois oferecia mais espaço e desempenho aos compradores que buscavam um automóvel popular.
Em 1993, a empresa até chegou a entrar com um pedido de concordata (recuperação judicial). Para tentar salvar a fabricante, Gurgel solicitou um empréstimo de US$ 20 milhões, mas o valor não foi concedido. Dessa forma, a instituição declarou falência no ano seguinte, após ter vendido cerca de 40 mil carros.
Em resumo, pode-se dizer que os carros Gurgel surgiram a partir do sonho do engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que queria criar um veículo totalmente nacional e realizou esse desejo com o BR800.
A ideia de Gurgel se concentrizou em 1969, quando deu início à empresa Gurgel Motores, uma montadora chamada por ele de “muitonacional”. Ao longo de sua existência, a fabricante produziu diversos modelos de carros, incluindo protótipos.
Logo, os carros tomaram o gosto do público e chegaram até ser vendidos para as Forças Armadas, com direito a modelo exclusivo. No entanto, o sonho de Gurgel terminou depois que a empresa tinha mais de 20 anos de mercado, quando multinacionais vieram para o Brasil oferecendo veículos mais baratos.
Porém, a marca de João Gurgel deixou um legado ao produzir o primeiro carro genuinamente brasileiro, o BR800 e, até hoje, muitos colecionadores desfilam pelas vias do país dirigindo os mais de 40 mil veículos de design único e inconfundível.
TAGS: carros da marca Gurgel/ fábrica de carros Gurgel/ carro antigo Gurgel/ carro brasileiro Gurgel/ Gurgel carro
O dono da Gurgel Motores foi o engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que sempre sonhou em produzir um carro genuinamente brasileiro.
Os veículos que contém o motor Enertron da Gurgel Motores, como o BR800, têm potência de 32-36 cv a 5000 rpm.
Em seus mais de 30 anos de existência, a Gurgel Motores produziu dezenas de carros, estima-se que mais de 20 modelos diferentes de veículos foram produzidos.
Por conta da falência da Gurgel Motores nos anos 90, os carros deixaram de ser fabricados. Porém, ainda é possível encontrar alguns seminovos à venda em sites como Olx, Webmotors e Mercado Livre.
Formado em Análise de Sistemas e Marketing Digital, Gregory Packs é o fundador do DOK Despachante, o primeiro despachante online do estado de São Paulo. Com uma visão inovadora, ele revolucionou a maneira que as pessoas fazem seus documentos veiculares, disponibilizando uma plataforma 100% online que facilita e agiliza esse processo, oferecendo diversos serviços de forma simples, segura e eficiente, como consulta e pagamento de licenciamento, IPVA, multas, entre outros. Atualmente, o DOK já atendeu mais de 200 mil motoristas e está sempre em busca de oferecer os melhores serviços e experiência aos seus clientes.
Navegue pela matéria utilizando o índice abaixo:
Despachante DOK - Copyright © 2012 - 2020 | Todos os direitos reservados (CNPJ: 27.838.743/0001-91) | Credencial CRDD 004130-1